As Rãs Que Pensavam que Eram Peixes
Como Usar os Seus Talentos para Projectar o Futuro e Desfrutar do Presente
Cristiano Ghibaudo
No Charco Tranquilo, tudo é… tranquilo, mas Lara é uma rã em busca de sentido e decide não se limitar, como as outras rãs, a uma vida acomodada. Parte à aventura e descobre que o talento e os sonhos andam de mão em mão.
«Eis um excelente livro para o ajudar a “sair do charco” e dar o salto necessário para realizar até os seus sonhos mais ambiciosos.» – Elle
«Uma fábula simples, profunda e com muito para ensinar.» – La Stampa
Clima óptimo, comida abundante, ausência de predadores famintos: o Charco Tranquilo parece ser o sítio ideal para uma rã viver. As rãs deste charco vivem tão bem que chegaram ao ponto de acreditar que são peixes! Mas a jovem Lara não se deixa convencer pela filosofia de «gozar e deixar andar» que prevalece no charco; uma inquietação interior leva-a a questionar o próprio sentido da vida. Decide então fazer algo inédito: abandonar o charco e partir à descoberta do mundo. Assim, inicia uma viagem que a levará ao encontro de amigos, obstáculos, aliados e também inimigos; descobre coisas novas, comete erros e, sobretudo, aprende – a dar saltos cada vez maiores, a ultrapassar as fronteiras das suas limitações e a não renunciar aos sonhos, aconteça o que acontecer.
Sobre o autor:
Cristiano Ghibaudo é consultor e formador. Desenvolve projectos na área do crescimento empresarial, da formação e da valorização de recursos humanos. Após o sucesso internacional de As Rãs Que Pensavam Que Eram Peixes, desenvolveu o Método Laura, um instrumento de formação baseado na fábula deste livro que procura desenvolver as competências pessoais (soft skills) para incrementar o valor individual no mercado de trabalho.
http://www.ilmetodolara.com/
ISBN: 978-989-811-555-3; 136 pág.; € 15,90
Lançamento: 1 de Outubro
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Imprensa - "O Que Faria o Google?"
«Jeff Jarvis, o autor, está ligado à indústria dos media há muitos anos. Foi crítico de televisão em publicações americanas importantes, mas depois iniciou o blogue "buzzmachine" onde falava sobre os novos meios de comunicação e nas suas opiniões sobre o tema. Aos poucos, foi conhecendo e transitando para a "nova" economia, sociedade, atitude e organização, baseadas na web e novas plataformas. Importa reflectir sobre o percurso de Jarvis, já que espelha a compreensão de um novo paradigma e a transição que, na sua opinião, todos devem efectuar.
À boleia da Google (e do que a empresa representa em termos de mudança de paradigmas e de negócio) o autor pretende mostrar como o mundo está diferente, sobretudo nos negócios e na relação entre as empresas e os clientes. Apresenta-nos os casos de maior sucesso da economia digital, como a Google, Facebook, Amazon, Wikipedia e o Digg e coloca-nos o desafio: "como estes disruptores fariam" perante uns problemas, desafio ou decisão?
O livro está organizado em duas partes principais. Na primeira, "Regras da Google", descreve-se o "novo" Mundo, enquadrando-o na forma de actuação da Google. Na segunda parte, "Se a Google dominasse o Mundo" especula-se sobre a evolução de uma série de sectores que ainda não sofreram completamente a influência da Google Way.
"O Que Faria o Google?" acaba por ser uma boa descrição das alterações que ocorreram nos últimos 10 anos e que deram origem à "Nova Economia" e aí reside grande parte do seu valor.
Apesar das tentativas, é um livro mais retrospectivo do que "forward thinking" e tem já algumas concepções um pouco datadas. O maior defeito da obra é ser algo extensa, o que dificulta encontrar as pérolas, que apesar de existirem estão camufladas no "vício" literário de cumprir mais de 200 páginas, como se a mensagem se medisse ao quilo.
Trata-se de um bom livro, e merecem destaque algumas mensagens importantes: o poder das redes, ser plataforma, o papel da confiança, como aumentar a notoriedade e, o mais importante, a necessidade de decidir e perceber em que negócio se está.»
Jornal de Negócios, 10 de Agosto, 2010
À boleia da Google (e do que a empresa representa em termos de mudança de paradigmas e de negócio) o autor pretende mostrar como o mundo está diferente, sobretudo nos negócios e na relação entre as empresas e os clientes. Apresenta-nos os casos de maior sucesso da economia digital, como a Google, Facebook, Amazon, Wikipedia e o Digg e coloca-nos o desafio: "como estes disruptores fariam" perante uns problemas, desafio ou decisão?
O livro está organizado em duas partes principais. Na primeira, "Regras da Google", descreve-se o "novo" Mundo, enquadrando-o na forma de actuação da Google. Na segunda parte, "Se a Google dominasse o Mundo" especula-se sobre a evolução de uma série de sectores que ainda não sofreram completamente a influência da Google Way.
"O Que Faria o Google?" acaba por ser uma boa descrição das alterações que ocorreram nos últimos 10 anos e que deram origem à "Nova Economia" e aí reside grande parte do seu valor.
Apesar das tentativas, é um livro mais retrospectivo do que "forward thinking" e tem já algumas concepções um pouco datadas. O maior defeito da obra é ser algo extensa, o que dificulta encontrar as pérolas, que apesar de existirem estão camufladas no "vício" literário de cumprir mais de 200 páginas, como se a mensagem se medisse ao quilo.
Trata-se de um bom livro, e merecem destaque algumas mensagens importantes: o poder das redes, ser plataforma, o papel da confiança, como aumentar a notoriedade e, o mais importante, a necessidade de decidir e perceber em que negócio se está.»
Jornal de Negócios, 10 de Agosto, 2010
Imprensa - "A Arte de Inventar Profissões"
«O conselho vem do autor do livro "A Arte de Inventar Profissões". Sergio Bulat, 44 anos, é advogado com especialização em resolução de conflitos, mestre em jornalismo e actualmente trabalha na área editorial, como escritor, editor e coach literário (profissão que o próprio inventou). Inspire-se nesta arte, que poderá vir a ser a grande competência profissional do futuro.
Invente a sua profissão!
Está cansado da sua profissão? O livro "A Arte de Inventar Profissões" tenciona inspirar todos os trabalhadores - jovens recém-formados, profissionais em processo de transição ou reformados que queiram continuar a trabalhar - a destacarem-se no mundo profissional, potenciando as suas capacidades diferenciadoras.
Para além de possivelmente gerar emprego e oferecer uma fonte de satisfação pessoal, pode ser considerada uma estratégia de sobrevivência no futuro. Num mercado laboral marcado pela crise e pela constante mudança, só os mais criativos sobrevivem. Contudo, como conta o autor do livro: «Hoje em dia fala-se muito de instabilidade e precariedade, e muito pouco de renovação e criação.»
A ideia de entrar numa empresa enquanto jovem e continuar a trabalhar nela até à reforma já há muito que deixou de fazer qualquer sentido. Hoje em dia, verifica-se que os profissionais de maior sucesso são aqueles que souberam aproveitar oportunidades através de ocupações, especializações ou profissões únicas.
Qual a estratégia que propõe para nos destacarmos no mundo profissional?
A principal é alcançar algo que nos diferencie, que dê um valor extra à actividade que exercemos, algo que dificilmente possa oferecer outro colaborador.
Inventar uma profissão com que objectivos?
Para ter uma maior satisfação, rendimento e estabilidade laboral.
Na prática, falamos de empreendedorismo?
Não necessariamente. Quer trabalhemos por conta própria ou de outrem, sempre poderemos acrescentar mais valor à actividade. Valor que para além de nos dar satisfação, também nos recompensa financeiramente.
Como se pode rende a criatividade?
O principal é procurar novos horizontes e ideias. É difícil ser criativo se estivermos fechados e a conviver sempre com os mesmos assuntos. Há que experienciar coisas distintas.
Que sugestões dá na arte de inventar uma profissão? O que é realmente importante na construção de uma profissão?
O mais importante é descobrir qual o valor que podemos acrescentar a um trabalho. Muitas vezes o melhor é criar profissões híbridas.
É coach literário, profissão que inventou. Como lhe surgiu essa ideia?
Tinha experiência em técnicas de coaching e mediação, enquanto advogado. Desta forma, ao trabalhar no sector editorial, vi que não existia ninguém que aplicasse essas técnicas a novos escritores, e que este era um valor que podia fazer chegar às pessoas interessadas em escrever.
Esta tendência no sector laboral dá importância a que tipo de pessoas?
Creio que o sector laboral necessita, cada vez mais, de pessoas capazes de realizar muitas tarefas e que propõem soluções criativas. Em suma, que contribuam com mais do que se pede.
Quais as características pessoas para se sobressair neste mundo do trabalho?
Não há características especiais. O que se requer é a vontade e a atitude de não nos limitarmos a fazer o que nos ordenam, mas sim ir um passo mais à frente e comportar algum valor pessoal que tornará mais gratificante o trabalho para o colaborador e mais eficiente e rentável para o empregador.
O que podemos esperar do futuro laboral?
Mudanças constantes. Ficar quieto já não é uma opção, já que na prática pode implicar um retrocesso.
Quais as principais ideias e casos que partilha no "A Arte de Inventar Profissões"?
É importante termos noção dos nossos talentos e valores pessoais, e ter suficiente atitude e espírito para aplicá-los em algo concreto. O livro está cheio de exemplos de pessoas que encontraram o seu ponto de diferenciação.»
HR - Human Resources, Agosto, 2010
Invente a sua profissão!
Está cansado da sua profissão? O livro "A Arte de Inventar Profissões" tenciona inspirar todos os trabalhadores - jovens recém-formados, profissionais em processo de transição ou reformados que queiram continuar a trabalhar - a destacarem-se no mundo profissional, potenciando as suas capacidades diferenciadoras.
Para além de possivelmente gerar emprego e oferecer uma fonte de satisfação pessoal, pode ser considerada uma estratégia de sobrevivência no futuro. Num mercado laboral marcado pela crise e pela constante mudança, só os mais criativos sobrevivem. Contudo, como conta o autor do livro: «Hoje em dia fala-se muito de instabilidade e precariedade, e muito pouco de renovação e criação.»
A ideia de entrar numa empresa enquanto jovem e continuar a trabalhar nela até à reforma já há muito que deixou de fazer qualquer sentido. Hoje em dia, verifica-se que os profissionais de maior sucesso são aqueles que souberam aproveitar oportunidades através de ocupações, especializações ou profissões únicas.
Qual a estratégia que propõe para nos destacarmos no mundo profissional?
A principal é alcançar algo que nos diferencie, que dê um valor extra à actividade que exercemos, algo que dificilmente possa oferecer outro colaborador.
Inventar uma profissão com que objectivos?
Para ter uma maior satisfação, rendimento e estabilidade laboral.
Na prática, falamos de empreendedorismo?
Não necessariamente. Quer trabalhemos por conta própria ou de outrem, sempre poderemos acrescentar mais valor à actividade. Valor que para além de nos dar satisfação, também nos recompensa financeiramente.
Como se pode rende a criatividade?
O principal é procurar novos horizontes e ideias. É difícil ser criativo se estivermos fechados e a conviver sempre com os mesmos assuntos. Há que experienciar coisas distintas.
Que sugestões dá na arte de inventar uma profissão? O que é realmente importante na construção de uma profissão?
O mais importante é descobrir qual o valor que podemos acrescentar a um trabalho. Muitas vezes o melhor é criar profissões híbridas.
É coach literário, profissão que inventou. Como lhe surgiu essa ideia?
Tinha experiência em técnicas de coaching e mediação, enquanto advogado. Desta forma, ao trabalhar no sector editorial, vi que não existia ninguém que aplicasse essas técnicas a novos escritores, e que este era um valor que podia fazer chegar às pessoas interessadas em escrever.
Esta tendência no sector laboral dá importância a que tipo de pessoas?
Creio que o sector laboral necessita, cada vez mais, de pessoas capazes de realizar muitas tarefas e que propõem soluções criativas. Em suma, que contribuam com mais do que se pede.
Quais as características pessoas para se sobressair neste mundo do trabalho?
Não há características especiais. O que se requer é a vontade e a atitude de não nos limitarmos a fazer o que nos ordenam, mas sim ir um passo mais à frente e comportar algum valor pessoal que tornará mais gratificante o trabalho para o colaborador e mais eficiente e rentável para o empregador.
O que podemos esperar do futuro laboral?
Mudanças constantes. Ficar quieto já não é uma opção, já que na prática pode implicar um retrocesso.
Quais as principais ideias e casos que partilha no "A Arte de Inventar Profissões"?
É importante termos noção dos nossos talentos e valores pessoais, e ter suficiente atitude e espírito para aplicá-los em algo concreto. O livro está cheio de exemplos de pessoas que encontraram o seu ponto de diferenciação.»
HR - Human Resources, Agosto, 2010
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Novidades de Setembro
Pense como Um Campeão
Uma Educação Informal para os Negócios e para a Vida
Donald J. Trump com Meredith McIver
«A sabedoria de Donald não tem preço – este é o livro certo na altura certa.»
– Robert Kiyosaki, autor de Pai Rico, Pai Pobre
Será possível criar a verdadeira mudança, a nível local e global? Qual o futuro da economia de mercado tal como a conhecemos? Como podemos treinar e moldar os nossos pensamentos para atingir o sucesso? Qual a importância do «alfabetismo financeiro»? Qual a verdadeira relação entre a inovação e o empreendedorismo? Que papel têm a imaginação, a perspectiva e a visão no sucesso empresarial – e no bem-estar pessoal? Como podemos dar sentido aos nossos objectivos de vida?
Estas são apenas algumas das questões abordadas ao longo das páginas deste livro, num estilo inspirador, original e com toques de humor, que farão com que realmente Pense como Um Campeão!
Sobre o autor:
Um dos magnatas mais conhecidos de sempre e uma lenda viva no mundo dos negócios, Donald Trump não precisa de apresentações. Formou-se na Wharton School of Finance e enquanto empreendedor imobiliário foi responsável pela criação de espaços tão famosos quanto a Trump Tower na Quinta Avenida, o clube Mar-a-Lago em Palm Beach e a Palm Trump International Hotel and Tower, no Dubai. É autor de mais de 17 best-sellers internacionais sobre investimento, gestão e automotivação, e recentemente foi galardoado com dois prémios Emmy pelo seu papel como produtor e apresentador do conhecido concurso televisivo The Apprentice.
http://www.trump.com/
ISBN: 978-989-811-551-5; 168 pág.; € 16,50
Lançamento: 10 de Setembro
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Imprensa: "A Arte de Inventar Profissões"
«Reinventar aptidões
Num mundo em constante mutação, Sergio Bulat revela, num pequeno livro, algumas dicas preciosas para quem procura mudar de ofício ou para quem, simplesmente, se encontra insatisfeito com a sua actual função.
No actual cenário de crise são muitas as pessoas que, diariamente, perdem os seus postos de trabalho. Enquanto uns tentam encontrar uma função semelhante àquela que desempenhavam numa outra empresa, outros aventuram-se na criação do seu próprio emprego. Algumas destas pessoas chegam inclusivamente à conclusão que andaram durante anos a batalhar por uma carreira que, afinal, não fazia assim tanto sentido, e descobrem que têm vocação para desenvolver funções completamente diferentes. O livro A Arte de Inventar Profissões, de Sergio Bulat, um advogado com master em Jornalismo, destina-se não só a quem enfrenta o drama do desemprego, mas também a todos os que se encontram desiludidos com a profissão que exercem. O autor acredita que inventar um novo ofício permite “não só desenvolver todo o nosso potencial, como também pode ser uma das poucas estratégias de sobrevivência laboral no futuro”.
Da teoria à prática
Na primeira parte desta obra é desenvolvida uma teoria, suportada por especialistas, que aponta que, por volta do final da primeira década do século XXI, uma em cada três empresas perderá autonomia, quer por ter caído na falência quer por ter sido absorvida por outra, mas também porque poderá passar a redefinir o seu core business. Analisando o actual mercado de trabalho, Bulat sustenta que grande parte dos trabalhadores está insegura, uma vez que não têm estabilidade laboral, nem promoção na carreira, nem aumentos salariais garantidos. Mas há mais, segundo um estudo norte-americano, os trabalhadores sofrem de stress, descontentamente, desmotivação e sentem deslealdade por parte dos seus companheiros.
O autor analisa ainda a situação dos jovens nas sociedades contemporâneas que enfrentam todos estes dilemas e que, grande parte das vezes, nem 1000 euros auferem por mês. Após traçar esta realidade, o escritor apresenta as vantagens da criação de uma nova profissão, entre as quais está a satisfação pessoal e o prazer que se sente perante a total independência a nível laboral. Também ele inventou uma das profissões que actualmente exerce, a de coach literário, que exerce a par da escrita. A terminar são desvendadas algumas dicas para se alcançar uma profissão com futuro, sob o lema de Coco Chanel: “Para se ser insusbtituível, tem de se ser diferente".»
Elite Negócios, Junho de 2010
Num mundo em constante mutação, Sergio Bulat revela, num pequeno livro, algumas dicas preciosas para quem procura mudar de ofício ou para quem, simplesmente, se encontra insatisfeito com a sua actual função.

Da teoria à prática
Na primeira parte desta obra é desenvolvida uma teoria, suportada por especialistas, que aponta que, por volta do final da primeira década do século XXI, uma em cada três empresas perderá autonomia, quer por ter caído na falência quer por ter sido absorvida por outra, mas também porque poderá passar a redefinir o seu core business. Analisando o actual mercado de trabalho, Bulat sustenta que grande parte dos trabalhadores está insegura, uma vez que não têm estabilidade laboral, nem promoção na carreira, nem aumentos salariais garantidos. Mas há mais, segundo um estudo norte-americano, os trabalhadores sofrem de stress, descontentamente, desmotivação e sentem deslealdade por parte dos seus companheiros.
O autor analisa ainda a situação dos jovens nas sociedades contemporâneas que enfrentam todos estes dilemas e que, grande parte das vezes, nem 1000 euros auferem por mês. Após traçar esta realidade, o escritor apresenta as vantagens da criação de uma nova profissão, entre as quais está a satisfação pessoal e o prazer que se sente perante a total independência a nível laboral. Também ele inventou uma das profissões que actualmente exerce, a de coach literário, que exerce a par da escrita. A terminar são desvendadas algumas dicas para se alcançar uma profissão com futuro, sob o lema de Coco Chanel: “Para se ser insusbtituível, tem de se ser diferente".»
Elite Negócios, Junho de 2010
quinta-feira, 15 de julho de 2010
Imprensa: "A Bola Não Entra por Acaso"
«Não, não é por acaso...
Ferran Soriano transformou o Barcelona em muito mais do que um clube. “A Bola Não Entra por Acaso” mostra como o fez
Pelo título pode parecer que sim, mas não – A Bola Não Entra por Acaso não é um livro de futebol. E apesar do que está no pós-título também não é um livro de gestão. É muito mais do que ambas essas coisas – é uma viagem maravilhosa por um mundo cheio de mistérios, tendo o FC Barcelona como ponto de partida e de chegada. Ferran Soriano foi seu director-geral e seu vice-presidente entre 2003 e 2008. Quando lá entrou tinha 36 anos e carreira fulgurante na área das ciências empresariais, transformou-o num dos culbes mais rentáveis do universo. Ao longo das páginas desta sua obra correm histórias reais que, por vezes, parecem anedotas – por exemplo, a que conta que Geovanni e Rochembak foram contratados por 18 e 12 milhões de dólares simplesmente porque alguém foi capaz de convencer directores do Barça de que eram novos Garrincha e Neeskens.
FC Porto e um mito desmontado
Desmontam-se mitos – como esse de que as equipas que ganham aão as que pagam os slários mais altos, as que são capazes de contratar os jogadores mais sedutores. E para a desmontagem usa-se o FC Porto. “O clube não ganha dinheiro, pelo contrário tem um orçamento estruturado para perder em cada época uns 10 milhões de euros na sua actividade corrente. No entanto, converteu-se num negócio extraordinário com a compra e venda de jogadores, sobretudo brasileiros, aos quais serve de ponte para os maiores clubes, aproveitando o facto de a legislação portuguesa permitir nacionalizar brasileiros de uma forma célere. E numa época em que conseguiu reunir um bom punhado de talentos, dirigidos por José Mourinho, chegou a ganhar a Liga dos Campeões. Depois dessa época de sucesso, o Porto negociou os melhores jogadores e obteve uma receita extraordinária de 80 milhões de euros, com os quais poderia financiar o seu fédice estrutural e recorrente dos oito anos seguintes...”
Saviola ou o golo a 6000 euros
Revelam-se estratégias de gestão – e segredos da revolução de Soriano inspirado na analogia do Rato Mickey da Disney com o David Beckham do Manchester United. Fala-se do rebuliço no mercado que Roman Abramovich causou com os 166 milhões de euros que puseram no Chelsea Mourinho, Drogba, Cech, Ricardo Carvalgo, Paulo Ferreira, Robben – e do FC Barcelona a ir por outro lado, criando esquema novo de pagamentos, uma parte fixa, outra variável, bem diferente do de Saviola que, irritado com a mudança, se foi embora: “No seu contrato tinha uma cláusula que dizia que deveria receber 6 mil euros por cada golo que marcasse. Lembro-me do aborrecimento monumental de Franck Rijkaard quando soube disso...”
30 milhões de Pepe, o e-mail
Sim, através de Feran Soriano não se fica a saber apenas como se constrói uma equipa vencedora, como se gere o capital humano do talento extraordinário, como se pode inovar de forma prática e eficiente – ainda se fica a saber quais os melhores trilhos para se fecharem negociações com suceso. A propósito, conta-se como a notícias da Marca de que Pepe deixara o FC Porto, acabara de assinar pelo Real Madrid por 30 milhões de euros levou a um e-mail que pôs a negocioção de Milito em ponto crítico – porque o Barca queria dar “apenas” 15 milhões por ele...
Galácticos… roubados?
De quando em quando, salta a crítica a outros modelos: o que acontece quando o Real joga nas contratações dos galácticos com os seus direitos de imagem: “Distrai o jogador do que é realmente importante, que não é outra coisa senão treinar, jogar e ganhar. Quando assinavam os grandes contratos, ficavam muito satisfeitos. Porém, meses mais tarde, quando filmavam um anúnicoo por 200 mil euros e 100 mil iam parar aos cofres do clube, pareciam que estavam a ser roubados…”
E é por tudo o que desvenda que o livro de Soriano é o que é: “pensado para partilhar um pouco da lógica, do senso comum e das ferramentas de gestão que vi serem usadas no mundo do futebol ao longo destes últimos anos” – sem ser compêndio descritivo de ideias teorias. “Também não é um livro de histórias engraçadas, nem de memórias, bem pretende distribuir medalhas.” Pois não. E quando se chega ao fim vê-se que é mesmo assim: a bola não entra por acaso...»
A Bola, 23 Junho 2010
Ferran Soriano transformou o Barcelona em muito mais do que um clube. “A Bola Não Entra por Acaso” mostra como o fez
Pelo título pode parecer que sim, mas não – A Bola Não Entra por Acaso não é um livro de futebol. E apesar do que está no pós-título também não é um livro de gestão. É muito mais do que ambas essas coisas – é uma viagem maravilhosa por um mundo cheio de mistérios, tendo o FC Barcelona como ponto de partida e de chegada. Ferran Soriano foi seu director-geral e seu vice-presidente entre 2003 e 2008. Quando lá entrou tinha 36 anos e carreira fulgurante na área das ciências empresariais, transformou-o num dos culbes mais rentáveis do universo. Ao longo das páginas desta sua obra correm histórias reais que, por vezes, parecem anedotas – por exemplo, a que conta que Geovanni e Rochembak foram contratados por 18 e 12 milhões de dólares simplesmente porque alguém foi capaz de convencer directores do Barça de que eram novos Garrincha e Neeskens.
FC Porto e um mito desmontado
Desmontam-se mitos – como esse de que as equipas que ganham aão as que pagam os slários mais altos, as que são capazes de contratar os jogadores mais sedutores. E para a desmontagem usa-se o FC Porto. “O clube não ganha dinheiro, pelo contrário tem um orçamento estruturado para perder em cada época uns 10 milhões de euros na sua actividade corrente. No entanto, converteu-se num negócio extraordinário com a compra e venda de jogadores, sobretudo brasileiros, aos quais serve de ponte para os maiores clubes, aproveitando o facto de a legislação portuguesa permitir nacionalizar brasileiros de uma forma célere. E numa época em que conseguiu reunir um bom punhado de talentos, dirigidos por José Mourinho, chegou a ganhar a Liga dos Campeões. Depois dessa época de sucesso, o Porto negociou os melhores jogadores e obteve uma receita extraordinária de 80 milhões de euros, com os quais poderia financiar o seu fédice estrutural e recorrente dos oito anos seguintes...”
Saviola ou o golo a 6000 euros
Revelam-se estratégias de gestão – e segredos da revolução de Soriano inspirado na analogia do Rato Mickey da Disney com o David Beckham do Manchester United. Fala-se do rebuliço no mercado que Roman Abramovich causou com os 166 milhões de euros que puseram no Chelsea Mourinho, Drogba, Cech, Ricardo Carvalgo, Paulo Ferreira, Robben – e do FC Barcelona a ir por outro lado, criando esquema novo de pagamentos, uma parte fixa, outra variável, bem diferente do de Saviola que, irritado com a mudança, se foi embora: “No seu contrato tinha uma cláusula que dizia que deveria receber 6 mil euros por cada golo que marcasse. Lembro-me do aborrecimento monumental de Franck Rijkaard quando soube disso...”
30 milhões de Pepe, o e-mail
Sim, através de Feran Soriano não se fica a saber apenas como se constrói uma equipa vencedora, como se gere o capital humano do talento extraordinário, como se pode inovar de forma prática e eficiente – ainda se fica a saber quais os melhores trilhos para se fecharem negociações com suceso. A propósito, conta-se como a notícias da Marca de que Pepe deixara o FC Porto, acabara de assinar pelo Real Madrid por 30 milhões de euros levou a um e-mail que pôs a negocioção de Milito em ponto crítico – porque o Barca queria dar “apenas” 15 milhões por ele...
Galácticos… roubados?
De quando em quando, salta a crítica a outros modelos: o que acontece quando o Real joga nas contratações dos galácticos com os seus direitos de imagem: “Distrai o jogador do que é realmente importante, que não é outra coisa senão treinar, jogar e ganhar. Quando assinavam os grandes contratos, ficavam muito satisfeitos. Porém, meses mais tarde, quando filmavam um anúnicoo por 200 mil euros e 100 mil iam parar aos cofres do clube, pareciam que estavam a ser roubados…”
E é por tudo o que desvenda que o livro de Soriano é o que é: “pensado para partilhar um pouco da lógica, do senso comum e das ferramentas de gestão que vi serem usadas no mundo do futebol ao longo destes últimos anos” – sem ser compêndio descritivo de ideias teorias. “Também não é um livro de histórias engraçadas, nem de memórias, bem pretende distribuir medalhas.” Pois não. E quando se chega ao fim vê-se que é mesmo assim: a bola não entra por acaso...»
A Bola, 23 Junho 2010
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Imprensa: "A Bola Não Entra Por Acaso"
Entrevista Ferran Soriano, presidente da Spanair e autor do livro “A Bola Não Entra Por Acaso”
“Para acontecerem golos são necessárias técnicas de gestão”
Soriano, ex-vice-presidente do Barça revela, em livro, as técnicas de gestão que permitiram dar nova vida ao clube catalão.
Ferran Soriano foi vice-presidente do Futebol Club Barcelona, entre 2003 e 2008, experiência que agora pode partilhar com gestores de topo explicando como os ensinamentos do futebol podem dar um contributo à gestão empresarial.
Para este gestor, licenciado em ciências empresariais e com um MBA realizado na ESADE, as lições poderão ser muitas. Desde “as tácticas dos treinadores à liderança dos capitães e à organização das equipas.” Para Soriano, que é actualmente Presidente da Spanair, a segunda maior companhia aérea espanhola, o dever de um líder é adaptar-se à equipa e não o contrário.
O que é que o futebol tem a ensinar à gestão?
Por um lado, o futebol é uma indústria como qualquer outra, só que menos estudada e analisada. Fala-se muito do que acontece no campo e muito pouco do que acontece na chamada secretaria dos grandes clubes. Vale a pena entender a estrutura da indústria e as estratégias dos actores principais. As lições servem para outras indústrias. Por outro lado, o futebol serve como metáfora da vida e dos negócios. O que acontece em campo é a mesma coisa que acontece numa empresa. Só que em campo está tudo concentrado em 90 minutos e num espaço reduzido: as tácticas dos treinadores, a liderança dos capitães, a organização das equipas. Pode-se aprender com elas e aplicá-las ao dia a dia dos nossos negócios.
Quer dar-nos um exemplo de tácticas?
A colocação dos jogadores no campo, a escolha do enfoque no ataque ou na defesa, como defender atacando e atacar defendendo, são exemplos de tácticas de futebol que se aplicam também aos negócios. A tipologia e o carácter dos jogadores que se colocam no campo em cada momento também dão lições às empresas: visionários no ataque que lideram a estratégia ou os esforços comerciais, conservadores na defesa ou nos departamentos financeiros, grandes trabalhadores nomeio campo, os que fazem as coisas acontecer, no relvado e no mundo empresarial.
As maiores lições de liderança são?
Na minha opinião, uma das grandes lições é que o líder tem que saber adaptar o seu estilo de liderança à equipa que tem, e não o contrário. Muitas vezes, quando pensamos em líderes, imaginamos pessoas carismáticas, de forte personalidade, a quem os outros seguem. Mas os melhores líderes, os que mantêm a liderança por períodos longos, são aqueles capazes de compreender qual é o estilo de liderança de que o grupo precisa. São os líderes que têm que entender o grau de empenho do grupo e o valor do seu talento. E têm que se adaptar com estilos de liderança mais centralizadores, de delegação ou de ‘coaching’. Parecem-me também muito interessantes as ideias de como organizar e manter uma equipa ganhadora. A fórmula do compromisso vezes equilíbrio elevado ao talento funciona no futebol, mas funciona também em qualquer outro negócio. Para se ter sucesso é necessário ter uma equipa empenhada, que trabalha não só pelo seu salário, equilibrada no sentido em que cada um sabe e aceita o que deve fazer para o bem colectivo. E que usa o melhor do seu talento.
Como se pode inovar de forma prática e eficiente?
A inovação começa sempre no consumidor, no cliente, na observação de atitudes e preferências, muitas vezes sem perguntar. Inovar não é inventar novos produtos e tecnologias, é tão só descobrir novas necessidades dos consumidores, que existem, mas que eles não sabem ainda expressar. Esta inovação pode ser feita em qualquer lugar do mundo, basta uma atitude corajosa e criatividade.
O que pensa do treinador português José Mourinho?
Mourinho já é um dos grandes treinadores da história do futebol. O que ele conseguiu com o Porto, o Chelsea e o Inter é impressionante. Merece grande respeito e admiração. Se tivesse que pensar num desafio para ele, colocar-lhe-ia o de ficar por um longo período de tempo num clube e adaptar o seu estilo de liderança às necessidades de mudança da equipa. Isto é, fazer a equipa adaptar-se ao estilo dele.
Mafalda Avelar, Ideias em Estante, Diário Económico, Junho 2010
“Para acontecerem golos são necessárias técnicas de gestão”
Soriano, ex-vice-presidente do Barça revela, em livro, as técnicas de gestão que permitiram dar nova vida ao clube catalão.
Ferran Soriano foi vice-presidente do Futebol Club Barcelona, entre 2003 e 2008, experiência que agora pode partilhar com gestores de topo explicando como os ensinamentos do futebol podem dar um contributo à gestão empresarial.
Para este gestor, licenciado em ciências empresariais e com um MBA realizado na ESADE, as lições poderão ser muitas. Desde “as tácticas dos treinadores à liderança dos capitães e à organização das equipas.” Para Soriano, que é actualmente Presidente da Spanair, a segunda maior companhia aérea espanhola, o dever de um líder é adaptar-se à equipa e não o contrário.
O que é que o futebol tem a ensinar à gestão?
Por um lado, o futebol é uma indústria como qualquer outra, só que menos estudada e analisada. Fala-se muito do que acontece no campo e muito pouco do que acontece na chamada secretaria dos grandes clubes. Vale a pena entender a estrutura da indústria e as estratégias dos actores principais. As lições servem para outras indústrias. Por outro lado, o futebol serve como metáfora da vida e dos negócios. O que acontece em campo é a mesma coisa que acontece numa empresa. Só que em campo está tudo concentrado em 90 minutos e num espaço reduzido: as tácticas dos treinadores, a liderança dos capitães, a organização das equipas. Pode-se aprender com elas e aplicá-las ao dia a dia dos nossos negócios.
Quer dar-nos um exemplo de tácticas?
A colocação dos jogadores no campo, a escolha do enfoque no ataque ou na defesa, como defender atacando e atacar defendendo, são exemplos de tácticas de futebol que se aplicam também aos negócios. A tipologia e o carácter dos jogadores que se colocam no campo em cada momento também dão lições às empresas: visionários no ataque que lideram a estratégia ou os esforços comerciais, conservadores na defesa ou nos departamentos financeiros, grandes trabalhadores nomeio campo, os que fazem as coisas acontecer, no relvado e no mundo empresarial.
As maiores lições de liderança são?
Na minha opinião, uma das grandes lições é que o líder tem que saber adaptar o seu estilo de liderança à equipa que tem, e não o contrário. Muitas vezes, quando pensamos em líderes, imaginamos pessoas carismáticas, de forte personalidade, a quem os outros seguem. Mas os melhores líderes, os que mantêm a liderança por períodos longos, são aqueles capazes de compreender qual é o estilo de liderança de que o grupo precisa. São os líderes que têm que entender o grau de empenho do grupo e o valor do seu talento. E têm que se adaptar com estilos de liderança mais centralizadores, de delegação ou de ‘coaching’. Parecem-me também muito interessantes as ideias de como organizar e manter uma equipa ganhadora. A fórmula do compromisso vezes equilíbrio elevado ao talento funciona no futebol, mas funciona também em qualquer outro negócio. Para se ter sucesso é necessário ter uma equipa empenhada, que trabalha não só pelo seu salário, equilibrada no sentido em que cada um sabe e aceita o que deve fazer para o bem colectivo. E que usa o melhor do seu talento.
Como se pode inovar de forma prática e eficiente?
A inovação começa sempre no consumidor, no cliente, na observação de atitudes e preferências, muitas vezes sem perguntar. Inovar não é inventar novos produtos e tecnologias, é tão só descobrir novas necessidades dos consumidores, que existem, mas que eles não sabem ainda expressar. Esta inovação pode ser feita em qualquer lugar do mundo, basta uma atitude corajosa e criatividade.
O que pensa do treinador português José Mourinho?
Mourinho já é um dos grandes treinadores da história do futebol. O que ele conseguiu com o Porto, o Chelsea e o Inter é impressionante. Merece grande respeito e admiração. Se tivesse que pensar num desafio para ele, colocar-lhe-ia o de ficar por um longo período de tempo num clube e adaptar o seu estilo de liderança às necessidades de mudança da equipa. Isto é, fazer a equipa adaptar-se ao estilo dele.
Mafalda Avelar, Ideias em Estante, Diário Económico, Junho 2010
Subscrever:
Mensagens (Atom)