quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Imprensa - "A Arte de Inventar Profissões"

«O conselho vem do autor do livro "A Arte de Inventar Profissões". Sergio Bulat, 44 anos, é advogado com especialização em resolução de conflitos, mestre em jornalismo e actualmente trabalha na área editorial, como escritor, editor e coach literário (profissão que o próprio inventou). Inspire-se nesta arte, que poderá vir a ser a grande competência profissional do futuro.

Invente a sua profissão!

Está cansado da sua profissão? O livro "A Arte de Inventar Profissões" tenciona inspirar todos os trabalhadores - jovens recém-formados, profissionais em processo de transição ou reformados que queiram continuar a trabalhar - a destacarem-se no mundo profissional, potenciando as suas capacidades diferenciadoras.

Para além de possivelmente gerar emprego e oferecer uma fonte de satisfação pessoal, pode ser considerada uma estratégia de sobrevivência no futuro. Num mercado laboral marcado pela crise e pela constante mudança, só os mais criativos sobrevivem. Contudo, como conta o autor do livro: «Hoje em dia fala-se muito de instabilidade e precariedade, e muito pouco de renovação e criação.»
A ideia de entrar numa empresa enquanto jovem e continuar a trabalhar nela até à reforma já há muito que deixou de fazer qualquer sentido. Hoje em dia, verifica-se que os profissionais de maior sucesso são aqueles que souberam aproveitar oportunidades através de ocupações, especializações ou profissões únicas.

Qual a estratégia que propõe para nos destacarmos no mundo profissional?
A principal é alcançar algo que nos diferencie, que dê um valor extra à actividade que exercemos, algo que dificilmente possa oferecer outro colaborador.

Inventar uma profissão com que objectivos?
Para ter uma maior satisfação, rendimento e estabilidade laboral.

Na prática, falamos de empreendedorismo?
Não necessariamente. Quer trabalhemos por conta própria ou de outrem, sempre poderemos acrescentar mais valor à actividade. Valor que para além de nos dar satisfação, também nos recompensa financeiramente.

Como se pode rende a criatividade?
O principal é procurar novos horizontes e ideias. É difícil ser criativo se estivermos fechados e a conviver sempre com os mesmos assuntos. Há que experienciar coisas distintas.

Que sugestões dá na arte de inventar uma profissão? O que é realmente importante na construção de uma profissão?
O mais importante é descobrir qual o valor que podemos acrescentar a um trabalho. Muitas vezes o melhor é criar profissões híbridas.

É coach literário, profissão que inventou. Como lhe surgiu essa ideia?
Tinha experiência em técnicas de coaching e mediação, enquanto advogado. Desta forma, ao trabalhar no sector editorial, vi que não existia ninguém que aplicasse essas técnicas a novos escritores, e que este era um valor que podia fazer chegar às pessoas interessadas em escrever.

Esta tendência no sector laboral dá importância a que tipo de pessoas?
Creio que o sector laboral necessita, cada vez mais, de pessoas capazes de realizar muitas tarefas e que propõem soluções criativas. Em suma, que contribuam com mais do que se pede.

Quais as características pessoas para se sobressair neste mundo do trabalho?
Não há características especiais. O que se requer é a vontade e a atitude de não nos limitarmos a fazer o que nos ordenam, mas sim ir um passo mais à frente e comportar algum valor pessoal que tornará mais gratificante o trabalho para o colaborador e mais eficiente e rentável para o empregador.

O que podemos esperar do futuro laboral?
Mudanças constantes. Ficar quieto já não é uma opção, já que na prática pode implicar um retrocesso.

Quais as principais ideias e casos que partilha no "A Arte de Inventar Profissões"?
É importante termos noção dos nossos talentos e valores pessoais, e ter suficiente atitude e espírito para aplicá-los em algo concreto. O livro está cheio de exemplos de pessoas que encontraram o seu ponto de diferenciação.»

HR - Human Resources, Agosto, 2010

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